Você já teve aquela sensação de que o dinheiro escorre pelos seus dedos sem que você saiba para onde ele foi? Ou de que, não importa quanto você ganhe, no fim do mês parece que nunca sobra nada?
Eu entendo perfeitamente essa sensação de estar perdido nas próprias finanças. Durante muito tempo, também me senti assim. Mas posso te dizer, com toda sinceridade: começar a se organizar financeiramente é muito mais simples do que parece. Não precisa ser um expert em planilhas, não precisa ter estudado economia, não precisa ser perfeito.
Você só precisa estar disposto a dar o primeiro passo.
E é exatamente sobre isso que vamos conversar hoje: como sair do caos financeiro e começar a construir uma vida com mais tranquilidade e controle sobre o seu dinheiro.
Por Que Tanta Gente Se Sente Perdida Com as Próprias Finanças?
Antes de partirmos para o passo a passo, deixa eu te contar uma coisa que pode te aliviar: sentir-se perdido financeiramente não é um defeito seu. Nós simplesmente não fomos ensinados a lidar com dinheiro.
A escola não ensinou. Em casa, muitas vezes, era um assunto evitado. E quando a gente percebe, já está adulto, com contas para pagar, sonhos para realizar, e aquela sensação incômoda de que o dinheiro está controlando você — e não o contrário.
Mas aqui vai a boa notícia: organizar suas finanças é como arrumar uma gaveta bagunçada. No começo parece assustador, você não sabe nem por onde começar. Mas quando você tira tudo para fora, olha cada coisa com calma e começa a colocar no lugar certo, tudo vai ficando mais claro. E no final, você se pergunta: “Por que demorei tanto para fazer isso?”
Passo 1: Descubra Para Onde Seu Dinheiro Está Indo
O primeiro passo — e talvez o mais importante de todos — é entender para onde seu dinheiro está indo. Parece óbvio, mas a maioria das pessoas vive no automático. Paga aqui, compra ali, e no fim do mês não faz ideia de onde o dinheiro foi parar.
Durante os próximos 30 dias, anote absolutamente tudo que você gasta. Desde o café da manhã até o aluguel. Desde aquele lanche rápido até a conta de luz.
Não precisa ser complicado. Pode ser no bloco de notas do celular, num caderninho, ou numa planilha simples. O importante é ter clareza sobre sua realidade financeira atual.
E sabe por quê? Porque você não consegue consertar o que você não conhece. É como tentar dirigir no escuro — você até pode andar, mas não vai saber se está no caminho certo.
Passo 2: Organize Suas Receitas e Despesas de Forma Simples
Agora que você começou a anotar seus gastos, chegou a hora de organizar tudo isso de um jeito que faça sentido para você.
E aqui vai uma verdade importante: organizar suas finanças não precisa ser complicado.
Você pode fazer isso de duas formas muito práticas:
Opção 1: Usando uma planilha simples
Eu criei uma planilha bem básica, sem complicação, onde você coloca suas receitas de um lado e suas despesas do outro. No fim, ela mostra automaticamente quanto entrou, quanto saiu e quanto sobrou (ou faltou). É simples assim.
Opção 2: Usando o aplicativo/site “Minhas Economias”
É um aplicativo gratuito, super fácil de usar, que mostra automaticamente o total de receitas, despesas e o saldo do mês. Você só precisa ir cadastrando seus gastos e ele faz o resto.
Se você quiser a planilha ou quiser aprender a usar o aplicativo Minhas Economias, pode me chamar no Direct do Instagram (@alyxandrepedrosa). Terei prazer em orientar você nesse primeiro passo.
O importante aqui não é qual ferramenta você escolhe, mas sim escolher uma e começar a usar. Porque sem organização, você continua navegando no escuro.
Passo 3: Separe Suas Despesas em Categorias
Depois de anotar tudo por um mês, você vai começar a ver padrões. E aqui entra um passo fundamental: separar seus gastos em categorias.
Basicamente, você vai dividir tudo em três grandes grupos:
Essenciais: São aqueles gastos que você não pode deixar de pagar — aluguel, alimentação, transporte, saúde, contas básicas como água e luz.
Importantes: Coisas que não são urgentes, mas fazem diferença na sua qualidade de vida — educação, vestuário, cuidados pessoais.
Supérfluos: Aqueles gastos que, se você for honesto consigo mesmo, não eram tão necessários assim — aquela compra por impulso, o delivery que você poderia ter evitado, assinaturas que você nem usa mais.
Quando você categoriza, fica muito mais fácil ver onde estão os “vazamentos” do seu dinheiro. Aqueles pequenos gastos que sozinhos parecem inofensivos, mas somados no fim do mês fazem uma diferença enorme.
Passo 4: Identifique e Elimine os Vazamentos Financeiros
Agora que você tem clareza sobre seus gastos, é hora de fazer uma faxina financeira.
Sabe aquela assinatura de streaming que você paga mas quase nunca usa? Aquele café todo dia na padaria que poderia ser feito em casa? Aquelas comprinhas “rápidas” no mercado que viram R$ 200,00 no fim de semana?
Esses são os vazamentos. E acredite: eliminar apenas 2 ou 3 deles já pode liberar centenas de reais por mês.
Não estou dizendo que você precisa virar um eremita e cortar todas as coisas que te dão prazer. Mas sim fazer escolhas conscientes. Pergunte-se: “Isso realmente me traz valor ou é só um hábito automático?”
Passo 5: Crie Metas Pequenas e Alcançáveis
Organização financeira não acontece da noite para o dia. E tudo bem. O importante é criar metas pequenas que você consiga cumprir e que te motivem a continuar.
Alguns exemplos de metas simples para começar:
- Economizar R$ 50,00 no primeiro mês.
- Eliminar uma assinatura que você não usa.
- Levar marmita pelo menos 3 vezes na semana.
- Não fazer nenhuma compra por impulso durante 7 dias.
Quando você atinge essas pequenas metas, seu cérebro libera dopamina — o hormônio da recompensa. E isso te motiva a continuar.
Lembre-se: grandes mudanças são feitas de pequenos passos consistentes.
Passo 6: Mantenha a Constância (Mesmo Quando Não For Perfeito)
Aqui está o segredo que ninguém te conta: você não precisa ser perfeito. Você vai errar. Vai ter dias que vai esquecer de anotar algum gasto. Vai ter meses que vai gastar mais do que planejou.
E sabe de uma coisa? Tudo bem.
O importante é não desistir. Não transforme um deslize em desistência. Se você errou hoje, amanhã você recomeça.
Pense na organização financeira como uma academia. Você não fica em forma indo uma vez. Você fica em forma mantendo a constância, mesmo quando não está com vontade, mesmo quando não é perfeito.
A diferença entre quem consegue se organizar financeiramente e quem não consegue não é talento ou sorte. É persistência.
Alguns Lembretes Importantes Para a Sua Jornada
Comece pequeno: Não tente revolucionar toda a sua vida financeira de uma vez. Escolha um passo, faça ele bem-feito, e depois passe para o próximo.
Seja gentil consigo mesmo: Mudar hábitos financeiros exige tempo. Você está desfazendo anos de comportamentos automáticos. Dê a si mesmo o direito de errar e aprender.
Celebre as pequenas vitórias: Conseguiu economizar R$ 30,00 esse mês? Comemora! Passou uma semana sem comprar por impulso? Isso é uma conquista! Cada pequeno avanço importa.
Busque apoio: Você não precisa fazer isso sozinho. Converse com amigos que também estão tentando se organizar, siga conteúdos de educação financeira (como este blog), e peça ajuda quando precisar.
O Primeiro Passo É Sempre o Mais Importante
Sabe o que eu aprendi ao longo da minha jornada com educação financeira? Que o primeiro passo é sempre o mais difícil. Mas também é o mais importante.
Porque quando você dá esse primeiro passo — mesmo que seja pequeno, mesmo que seja imperfeito — você está dizendo para si mesmo: “Eu mereço ter controle sobre minha vida financeira. Eu mereço paz e tranquilidade.”
E isso, meu amigo, minha amiga, muda tudo.
Você não precisa ter todas as respostas hoje. Você não precisa resolver todos os problemas de uma vez. Você só precisa começar.
Porque mesmo que você ande devagar, você está saindo do lugar. E cada pequeno passo te aproxima de uma vida financeira mais tranquila, mais consciente e mais alinhada com seus sonhos.
Então, que tal começar hoje? Anote os gastos de hoje. Só isso. Amanhã você anota os de amanhã. E assim, dia após dia, você vai construindo uma relação mais saudável com o seu dinheiro.
Eu acredito em você. E estou aqui torcendo pelo seu sucesso.
E você, qual vai ser seu primeiro passo rumo à organização financeira? Compartilhe nos comentários — vou adorar ler e trocar experiências com você!