É comum escutar frases como: “Eu queria muito guardar dinheiro, mas ganho pouco”, ou “Com o que eu recebo, mal dá pra viver, quem dirá poupar”. A sensação de estar constantemente apagando incêndios financeiros é real para muita gente. E, de fato, viver com um orçamento apertado é desafiador. Mas será mesmo impossível guardar alguma quantia, mesmo pequena, quando a renda é baixa?
A resposta é: não é impossível. Difícil? Com certeza. Mas há maneiras reais e práticas de se organizar, melhorar sua relação com o dinheiro e conseguir poupar – mesmo que aos poucos.
O problema não é só o quanto você ganha, mas como você usa o que ganha
Antes de qualquer coisa, é preciso compreender que ganhar mais nem sempre resolve. Pode parecer estranho dizer isso, mas a verdade é que, se a pessoa não muda seus hábitos financeiros, a bagunça só cresce junto com a renda. E aqui, eu posso dar um exemplo bem pessoal.
Tenho uma tia que sempre trabalhou com carteira assinada ganhando um salário mínimo. Vida simples, nada de luxo. Mas ela sempre conseguiu manter tudo organizado: pagava as contas em dia, fazia pequenas reservas para emergências e até conseguia viajar de vez em quando. Como? Ela fazia um bico como manicure, aos fins de semana. Esse complemento, somado ao controle que ela tinha sobre os gastos, permitia que sobrasse um pouquinho todo mês.
E eu? Mesmo ganhando mais do que ela, acabei bagunçando toda minha vida financeira. Por quê? Porque, diferentemente dela, eu gastava sem pensar, vivia sem planejamento e sempre acreditava que “no próximo mês ia sobrar”. Nunca sobrava.
Esse exemplo serve para mostrar que organização e atitude importam mais do que o valor exato que se ganha. E isso vale pra qualquer um.
Algumas atitudes que podem mudar tudo (mesmo com pouco dinheiro)
1. Mapeie sua realidade
Não tem como mudar o que você não conhece. Liste todos os seus ganhos e, principalmente, os seus gastos. Faça isso com calma. Pode usar papel, aplicativo ou planilha, tanto faz. O importante é saber exatamente pra onde está indo cada centavo.
2. Corte gastos invisíveis
Às vezes, a gente se acostuma com pequenas despesas que, somadas, fazem estrago. Assinaturas que não usamos, a cervejinha com os amigos, delivery em excesso, etc. So gastos pequenos que, acumulados, consomem uma fatia enorme do orçamento.
3. Tenha uma meta (mesmo que simbólica)
Poupar R$ 10,00, R$ 20,00 ou R$ 30,00 por mês pode parecer pouco, mas é o hábito que importa. O ato de guardar, de se comprometer com algo, vai treinando seu cérebro para pensar diferente sobre o dinheiro. Quando a renda aumentar, esse hábito já estará enraizado.
4. Busque uma renda extra
Foi o que minha tia fez. Seja vendendo doces, fazendo unha, costurando, dando aulas de reforço… hoje em dia, com a internet, há muitas possibilidades acessíveis. Um bico pode ser a diferença entre viver apertado e começar a respirar.
5. Evite dívidas ruins
Evite parcelar compras por impulso ou entrar no crédito rotativo. Dívidas de consumo viram bola de neve. Se for parcelar, que seja algo necessário e bem planejado. Comprar no impulso, ainda que pareça “baratinho”, sempre sai caro no fim do mês.
6. Tenha um objetivo claro
Guardar só por guardar é difícil. Mas guardar pensando em algo — uma viagem, um curso, um fundo de emergência, sua aposentadoria — dá muito mais motivação. Defina um propósito para a sua poupança.
7. Estude educação financeira
Mesmo com pouco, é possível aprender a cuidar melhor do seu dinheiro. Há conteúdos gratuitos, livros, perfis no Instagram, blogs (como o BoraPoupar) e vídeos no YouTube com dicas práticas e acessíveis.
Não espere sobrar: separe antes
Essa é uma das regras de ouro: pague-se primeiro. Logo que receber, separe um valor (mesmo que pequeno) e guarde. Se deixar para o final do mês, vai faltar. O segredo está em transformar isso em hábito.
O que aprendemos com quem faz muito com pouco
Não é só sobre ter dinheiro. É sobre saber usar o que se tem com consciência. Minha tia não fez mágica. Ela fez escolhas. Escolheu viver com simplicidade, gastar com o necessário e buscar alternativas para complementar a renda. Se ela conseguiu, com um salário mínimo e um bico nos finais de semana, talvez o que falte para muitos não seja só dinheiro — mas também disciplina, clareza e um plano.
Conclusão
Poupar com pouco é desafiador, mas possível. É preciso mudar o foco: em vez de pensar “não sobra”, pense “o que posso fazer com o que tenho?”. A mudança começa aí. E cada passo importa. Não importa se você começa com R$ 2,00 ou R$ 200,00 — o importante é começar.
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